Agora é COP30
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O Governo do Rio Grande do Sul presenciou uma das Conferências do Clima, no Azerbaijão (COP29), mais organizadas dos últimos anos. Encontramos transporte de qualidade, espaços bem sinalizados e uma gama de voluntários prestando informações.
Embora a organização tenha sido impecável, a COP29 também foi da falta de consenso entre os líderes mundiais, que assinaram um acordo de financiamento climático considerado insuficiente para suprir as necessidades dos países em desenvolvimento no enfrentamento das mudanças climáticas.
A edição marcou a valorização dos governos locais. Durante reunião ministerial da Organização das Nações Unidas (ONU) – que teve a participação do Estado inclusive com fala na plenária –, o secretário-geral para a Ação Climática da ONU, Selwin Hart, foi claro ao reforçar a importância dos governos subnacionais na implementação de ações efetivas. “Vocês são os protagonistas da mudança, os primeiros a se moverem. Vocês estão liderando no front”, disse.
O protagonismo que a autoridade citou é uma realidade no governo gaúcho, tendo como fio condutor o Proclima2050. Iniciativas como o Roadmap Climático, lançado durante a COP, é um dos projetos que promovem a integração dos entes locais. O Plano Rio Grande também nasceu dessa necessidade de estruturar uma resposta integrada, que permita uma reconstrução adaptada e resiliente.
Agricultura de baixo carbono e segurança alimentar foram outros assuntos de reuniões com bancos internacionais e com a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura, o que abriu portas para o Grupo de Sharm el-Sheikh, que estará em Bonn, na Alemanha, para tratar do tema.
Finalizada a COP29, o foco está na COP30, no Brasil. Será uma conferência de desafios e superação. O momento em que deveremos nos apresentar como uma nação, com um propósito único quando o tema são as mudanças climáticas.
Certamente o Rio Grande do Sul estará pronto para mostrar resultados e, como diz o governador Eduardo Leite, ser lembrado não pela tragédia que assolou o território em maio, mas pela capacidade de adaptação resiliente.
Secretária do Meio Ambiente e Infraestrutura